Negociação Coletiva 2010 – Comissão patronal relativiza causas do adoecimento dos professores e não abre negociação da pauta de reivindicações

O presidente do Sinepe Osvino Toillier abriu a reunião pedindo aos representantes dos professores para que apresentassem as reivindicações.

Comunicação Sinpro/RS
Sinpro/RS e Sinepe/RS | Publicado em 10/03/2010


A primeira rodada de negociação entre os Sindicatos dos Professores (Sinpro/RS, Sinpro/Noroeste e Sinpro/Caxias) e a comissão patronal, marcada para a terça, 9 de março, não ocorreu de fato.

O presidente do Sinepe Osvino Toillier abriu a reunião pedindo aos representantes dos professores para que apresentassem as reivindicações. Fato que causou estranheza, uma vez que a pauta de reivindicações foi entregue há cinco meses (15 de setembro de 2009), tempo suficiente para uma análise profunda do tema abordado. Diante disso, o presidente do Sinepe/RS então adiantou que respostas às reivindicações se darão somente após a reunião da direção das instituições de ensino agendada para a próxima terça-feira, 16.

Apesar da insistência dos Sindicatos dos professores em discutir a pauta de reivindicações, as duas horas do encontro de hoje foram marcadas pela tentativa da comissão patronal em relativizar os fatores de adoecimento em relação às condições de trabalho e a sobrecarga de trabalho docente. A diretora do Colégio Israelita, Mônica Timm de Carvalho, questionou a insistência dos Sindicatos dos Professores em apontar a sobrecarga de trabalho dos professores e o pouco cuidado das instituições em relação à saúde docente. O representante da PUCRS, Júlio De Bem, chegou ao cúmulo de destacar que o adoecimento dos professores pode estar mais associado ao estresse do trânsito em Porto Alegre do que propriamente com as condições de trabalho. O representante da Unisinos, Vanderlei Langoni afirmou que na Unisinos não há nenhum professor doente por decorrência da atividade docente.

Se não bastasse a falta de proposta, voltou a ser mencionada a intenção de suprimir da Convenção Coletiva de Trabalho o adicional de 3% por aprimoramento acadêmico aos professores das séries inicias do ensino fundamental.

Integram a comissão patronal na mesa de negociação:
Mônica Timm de carvalho, do Colégio Israelita de Porto Alegre; Hilário Bassotto, do Colégio Champagnat, de Porto Alegre; Flávio Romeu D’Almeida Reis, do Uniritter; Júlio De Bem, da PUCRS; Vanderlei Langoni de Souza, da Unisinos; Maria Helena Lobato, do Colégio Monteiro Lobato de Porto Alegre; Roberto Pi, ex-diretor do Colégio Farroupilha de Porto Alegre; Oswaldo Dalpiaz, do Colégio Dom Bosco de Porto Alegre; Irmã Adélia, do Colégio Maria Auxiliadora de Canoas; Martinho Kelm, da Unijuí; Jaime Laufer, da Unisc; Roberto Dorneles, do Escritório Patrimonial, que assessora várias escolas; Celso Ritter, Univates; Alexandre Costa Ramos, da CNEC; Marcos Antônio de Mello, da UPF; Milton Nicolodi, da UCS; e João Costenaro, do Colégio Aparecida de Bento Gonçalves.