Roda de Conversas debate autoridade do professor

A autoridade do professor não acabou.De acordo com o professor e psicanalista Marcelo Ricardo Pereira, ela apenas precisa ser reencontrada na contemporaneidade.

Comunicação Sinpro/RS
Roda de Conversas | Publicado em 13/09/2012


A autoridade do professor não acabou. De acordo com o professor e psicanalista Marcelo Ricardo Pereira, ela apenas precisa ser reencontrada na contemporaneidade. Pereira debateu o tema na 8ª edição do Roda de Conversas, promovido pelo Núcleo de Apoio ao Professor Contra a Violência (NAP), do Sinpro/RS, e Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), nesta quinta-feira, dia 12 de setembro, na Faculdade de Educação da Ufrgs.

Segundo Pereira, o professor precisa aprender a dialogar com as novas formas de autoridade, que foram reinventadas na sociedade. “Quando o aluno percebe que o professor consegue trazer um elemento clássico, dentro do contexto contemporâneo, ele confirma a autoridade do professor”, afirma. Ainda segundo ele, a saída não é desprezo total ao método tradicional de ensino, mas reinvenção das condutas atuais.

O psicanalista ressalta que a resposta para o fim da desautorização está no professor. Entretanto, ele não é o único personagem na busca pelo resgate da autoridade docente. Para Pereira, a escola, a gestão da instituição de ensino e as entidades de classe são partes fundamentais nesta luta. “Todos precisam entender que o momento atual alterou procedimentos. O desafio é fazer com que as tradições se renovem”, constata.

Psicanalista, Doutor em Educação e professor da Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pereira é autor do livro “A impostura do Mestre” (Ed. Fino Traço, 2008). Na obra, ele apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com professores da rede público e privada de Minas Gerais. De acordo com a publicação, as principais causas da desautorização, segundo os entrevistados, são o desinteresse e a indisciplina do aluno e a desqualificação do docente provocada pelo excesso de trabalho.