Professores do Instituto Metodista mantêm paralisação iniciada em julho

Parados por quase dois meses, os docentes cobram o pagamento de parte dos salários de dezembro, maio, junho e julho, além de férias e 13º

Por Comunicação Sinpro/RS
ENSINO PRIVADO | Publicado em 20/08/2020


Professores pararam suas atividades em 1º de julho, em função dos atrasos salariais na instituição
Foto: Divulgação

Em nova Assembleia Geral, realizada nesta quinta-feira, 20 de agosto, os professores do Instituto Educacional Metodista de Passo Fundo (IE) aprovaram a manutenção da paralisação das atividades na instituição. Parados desde 1º julho, os docentes reivindicam o pagamento de parte dos salários de maio, junho e julho, além de férias e 13º, pendentes desde o início do ano.

Desde o início da mobilização dos professores, a direção da Rede Metodista não deu perspectivas de novos pagamentos ou programação para a quitação dos débitos, o que vem aumentando a insatisfação dos docentes. Segundo Margot Andras, diretora do Sinpro/RS, o Sindicato tem buscado negociar com a Rede Metodista desde o início da crise, mas a instituição apresenta propostas e logo em seguida não às cumpre.

“Tivemos algumas propostas apresentadas pelos gestores da Rede Metodista, mas nenhuma foi cumprida. Atualmente a direção alega a indisponibilidade dos valores da venda dos imóveis da instituição, mas os professores estão cansados de promessas não cumpridas”, explica Margot. Ela diz ainda que o Sindicato acionou judicialmente o IE que, mesmo com as determinações da justiça, segue com as pendências salarias.

Ainda em julho, os professores publicaram cartas públicas destinadas à comunidade escolar, pois a direção do IE não informa a realidade aos pais, segundo os professores. “A instituição vem tentando manipular informações que envia à comunidade. É uma lástima ver a história de um projeto centenário de educação humanitária desmoronar pela má administração”, explica o texto.

A paralisação deve seguir até ser paga a pendencia de maio e o salário de agosto integral conforme prometido pela rede. Haverá nova Assembleia em 9 de setembro, que deve manter a decisão caso não sejam pagas, pelo menos, parte das pendências.