Dia de luta pela Reforma Política será na quinta-feira,12

Que em outros estados foi convocado pelas centrais sindicais para o dia 13. A antecipação se deve à convergência com a mobilização de outros movimentos sociais no Estado.

Comunicação Sinpro/RS
Dias de Lutas | Publicado em 12/03/2015


A Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) e a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS-RS) anteciparam para 12 de março, quinta-feira, o Dia de luta pela Reforma Política, em defesa dos direitos dos trabalhadores e da Petrobras – que em outros estados foi convocado pelas centrais sindicais para o dia 13. A antecipação se deve à convergência com a mobilização de outros movimentos sociais no Estado.

As mobilizações começam às 7h do dia 12, na Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas. Em Porto Alegre, às 9h haverá uma concentração em frente ao IPE-RS (Av. Borges de Medeiros, 1945), em defesa do IPE público. Após, os trabalhadores se concentrarão no Largo Glênio Peres, no centro da capital, de onde sairá uma caminhada, às 12h, rumo à Praça da Matriz.

PAUTAS – Além de denunciar à sociedade o processo de desmonte a que está sendo submetida a estatal devido ao interesse de investidores na sua privatização, o movimento reivindica a realização do Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva para a Reforma Política, o fim das Medidas Provisórias 664 e 665 que alteram direitos da classe trabalhadora, entre outras pautas. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, alerta que a Petrobras é responsável por 13% do PIB nacional e que estão em jogo postos de trabalho de petroleiros e outras categorias. “A defesa da soberania nacional e do emprego dos petroleiros é urgente”, ressalta.

DENÚNCIA – As lideranças vêm denunciando o bombardeio sistemático da Petrobras por setores da mídia nos últimos meses, à base de notícias apressadas, meramente declaratórias e sem a devida comprovação, que atinge os negócios, a credibilidade e o valor das ações da estatal, com reflexos negativos também para seus 86 mil trabalhadores.

Além de pedir a investigação rigorosa das denúncias sobre pagamentos de propina e outros crimes envolvendo servidores da companhia, políticos e empreiteiras o Ato tem o objetivo de esclarecer à opinião pública que o esquema de corrupção vem desde a década de 1980. E ainda esclarecer que estão em jogo interesses econômicos e geopolíticos que explicam o fato de o esquema de corrupção na estatal só vir a público no momento em que a exploração das reservas do pré-sal se tornam realidade. A Federação Única dos Petroleiros denunciou recentemente que estaria em curso uma campanha com vistas à depreciação da Petrobras e a sua aquisição por empresas de capital privado nacionais e estrangeiras.