Mobilização alertou sobre o excesso trabalho extraclassse

A manifestação foi inspirada na campanha realizada pelo Sinpro/RS em 2011,com repercussão nacional.

Comunicação Sinpro/RS
Mobilização | Publicado em 20/10/2013


Os professores do ensino privado do RS se reuniram neste domingo, 20 de outubro, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, para alertar a sociedade sobre o excesso de trabalho extraclasse demandado aos professores fora da carga horária contratada, comprometendo a saúde dos docentes e a qualidade do ensino. Diretores do Sindicato de todo estado estiveram presentes e entregaram panfletos sobre a campanha.

O Domingo de Greve está ocorrendo em todo o Brasil convocado pela Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee). A manifestação foi inspirada na campanha realizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) em 2011, com repercussão nacional.

“O excesso de trabalho extraclasse é umas das principais causas da exaustão e do adoecimento dos docentes em todo o país”, justifica Cássio Bessa, secretário geral da Contee. “As instituições de ensino impõem demandas que têm consumido noites e finais de semana dos professores e comprometendo o seu direito ao descanso”.

2ª Semana da Consciência Profissional

De 15 a 18 de outubro, o Sindicato promoveu a 2ª Semana da Consciência Profissional, quando dirigentes do Sinpro/RS estiveram nas escolas entregando aos pais e estudantes, panfletos explicando que os professores estão enfrentando jornadas de trabalho cada vez mais elásticas, o que tem afetado a saúde, relações sociais e familiares e a própria qualidade do ensino.

Com o slogan “Excesso de trabalho extraclasse? Não, obrigado!”, a campanha estimulou os professores a preservar o seu direito ao descanso, impondo limites às demandas de trabalho extraclasse impostas pelas instituições de ensino.

“É fundamental mudar esta cultura de que ao professor cabe tudo e em qualquer hora. O nosso trabalho requer dedicação fora da sala de aula, mas isso não significa estar disponível o tempo todo. O professor precisa de tempo para descansar, pensar, conviver com os seus ou mesmo não fazer nada”, defende Cecília Farias, diretora do Sindicato.