Professores da Liberato reivindicam concurso público e reajuste salarial

A proposta do movimento dos professores é tonar público o descaso do Governo Estadual com uma das mais importantes instituições do Rio Grande do Sul

Por Comunicação Sinpro/RS
MOVIMENTO | Publicado em 04/09/2023


Ato realizado em 2022 reuniu professores e representantes das associações de docentes da UERGS e Liberato
Foto: Igor Sperotto

Os professores da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha farão uma reunião aberta, na próxima quarta-feira, 6 de setembro, às 14h, no saguão central da instituição de ensino, para alertar a sociedade sobre os prejuízos causados pela falta de concurso público e as perdas salariais dos servidores, que já soma quase 18%.

A proposta do movimento dos professores é tonar público o descaso do Governo Estadual com uma das mais importantes instituições do Rio Grande do Sul. Fundada em 1.967, a Fundação tem mais de 3,5 mil alunos em cursos técnicos e educação profissional.

O último concurso foi realizado em 2019 e, de acordo com o professor Daniel Vieira Sebastiani, diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS), foram oferecidas poucas vagas na ocasião, o que seria insuficiente.

A campanha pela realização de concurso público iniciou em 2021 e vem se intensificando nos últimos anos.

“Ainda não temos falta de professores, mas isso se vislumbra em um curto prazo, uma vez que muitos profissionais têm deixado a Fundação e outros pretendem deixar a instituição nos próximos períodos”, explica Sebastiani. “A única via de contratação de professores para a Liberato é o concurso público, pois a instituição não pode realizar contratos emergenciais”.

Negociação coletiva sem avanços
Sebastiani afirma que o processo de negociação entre o Sinpro/RS e o Governo do Estado, com vistas à renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos professores da Fundação Liberato está emperrada, em função da falta de uma proposta por parte do Governo.

As tratativas iniciaram em março, na data-base da categoria, e seguem sem avanços. “O Governo ofereceu reajuste de 0%. Isso é inaceitável, a categoria já acumula perdas de 17,99%”, desabafa. “Seguimos na luta pela valorização dos professores e funcionários da Liberato”.

Situada em Novo Hamburgo, a Fundação Liberato oferece cursos como Química, Eletrônica, Eletrotécnica, Manutenção Automotiva, Segurança do Trabalho, além de cursos de extensão e pós médios. A instituição atende estudantes provenientes da região do Vale dos Sinos e de mais de 50 municípios do Rio Grande do Sul.