CUT e centrais cobram R$ 580 para o salário mínimo

E que a correção da tabela do imposto de renda é um assunto que deve ser tratado separadamente, ou seja, uma reivindicação não substitui a outra.

Comunicação Sinpro/RS
CUT | Publicado em 27/01/2011


A CUT insistiu ontem, 27 de janeiro, durante audiência com representantes do governo Dilma Rousseff, que não vai fechar acordo com um salário mínimo de R$ 545 e que a correção da tabela do imposto de renda é um assunto que deve ser tratado separadamente, ou seja, uma reivindicação não substitui a outra.

Uma nova audiência vai acontecer na próxima quarta, dia 2 de fevereiro, em Brasília. A Central Única dos Trabalhadores planeja realizar novas mobilizações de rua até lá como forma de pressionar o governo.

A CUT e as cinco centrais – Força, UGT, CTB, CGTB e Nova Central – cobram mais que R$ 545 por entenderem que os trabalhadores não devem ser penalizados por conta de o PIB em 2009 ter sido negativo.

O salário mínimo, segundo a política de valorização firmada em 2007 entre centrais e governo Lula, é reajustado anualmente a partir da soma dos índices de crescimento do PIB de dois anos anteriores e da inflação (PIB + inflação = aumento do salário mínimo).

Porém, o aumento em 2011 deve ser estabelecido de maneira diferenciada. “Cobramos excepcionalidade para o salário mínimo da mesma forma como foram tratados de maneira excepcional os empresários durante o período da crise de 2008 e 2009. Diferentes setores econômicos tiveram isenção tributária e outras formas de incentivo. Por que, então, os trabalhadores, que bravamente ajudaram o Brasil a atravessar a crise com sucesso, deveriam ficar sem aumento real agora?”, questiona o presidente da CUT. As centrais sindicais reivindicam R$ 580 para o salário mínimo.

A correção da tabela do IR, outra reivindicação do movimento sindical, tem como objetivo aumentar o número de assalariados que ficam isentos do pagamento do tributo e diminuir o percentual a ser pago pelos demais.

As centrais reivindicam 6,47% de correção da tabela do imposto renda. Com esse ajuste, estariam isentos de pagar quem ganha entre R$ 1647,43 e R$ 1753,85. Os trabalhadores que recebem acima desse valor também seriam beneficiados com um imposto menor. “Se não houver correção da tabela, será apropriação indébita”, disse Artur, durante a audiência.

Com informações do site da CUT