Dia Nacional de Paralisação mobiliza professores em todo o estado


Comunicação Sinpro/RS
Paralisações | Publicado em 16/11/2016


O Dia de Paralisação Nacional, convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, levou para as ruas milhares de trabalhadores e estudantes na última sexta-feira, 11 de novembro, contra a PEC 55, a medida provisória 746, a anunciada reforma da Previdência e a terceirização da atividade-fim.
No Rio Grande do Sul, desde cedo houve manifestações em várias regiões, com atos, caminhadas, aulas públicas, debates. Professores do ensino privado de diversas instituições da Capital e do interior do estado aderiram coletivamente à paralisação, conforme a assembleia geral realizada pelo Sinpro/RS no dia 5 de novembro. Da educação superior, UPF, de Passo Fundo, UCPel, de Pelotas, Ulbra (vários campi), Unicruz, de Cruz Alta, e Uergs aderiram à paralisação após assembleias por local de trabalho. Da educação básica de Porto Alegre, pararam os professores do Anchieta, João XXIII, Santo Inácio, Instituto São Francisco, Bom Conselho e Monteiro Lobato. No interior, todas as escolas de Uruguaiana e mais de 15 colégios de Rio Grande aderiram à paralisação, entre outras cidades.

MANIFESTAÇÕES – Uma caminhada pelas ruas centrais reuniu centenas de trabalhadores, ainda pela manhã, em Passo Fundo. Em Porto Alegre, professores de diferentes instituições e níveis de atuação se reuniram na sede estadual do Sinpro/RS para debater as propostas de reforma do Governo Federal. O mesmo aconteceu em Santo Ângelo e Osório, onde professores, estudantes e funcionários da URI e CNEC, respectivamente, promoveram debates com a comunidade acadêmica. Na Praça da Matriz, em Cruz Alta, professores da Unicruz promoveram quatro rodas de conversa que abordaram temas como as reformas da previdência e do Ensino Médio, a PEC 241 e a ampliação da terceirização para a atividade fim. Em Pelotas, mais de 1.500 trabalhadores estiveram concentrados no Largo do Mercado Público, e seguiram em caminhada pelo centro da cidade. Em Rio Grande, as manifestações iniciaram pela manhã e encerraram à tarde em um grande ato no centro. Em Venâncio Aires, uma caminhada e uma aula pública em frente à Catedral, com o professor e sociólogo Benedito Tadeu César, marcaram os protestos. Atos em locais públicos ocorreram também em Novo Hamburgo, Santa Rosa, Santa Cruz e Bagé e reuniram centenas de pessoas.

CAMINHADA – Uma audiência pública reuniu centenas de pessoas no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa do RS, que condenaram as medidas de ajuste do governo de Michel Temer. Após a audiência, o grupo se juntou a grande concentração no centro da capital, que reuniu mais de 10 mil pessoas na Esquina Democrática. A mobilização seguiu em caminhada pelas principais ruas da cidade.

O Dia Nacional de Paralisação engrossa as ações contra a PEC 241/55, que congela por 20 anos os investimentos em educação e saúde; à MP 746, que reforma o ensino médio e, entre outros pontos, flexibiliza as exigências de formação para a atividade docente; a liberação à terceirização das atividades-fim e à reforma da previdência, anunciada pelo Governo Federal, que estabelece a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e extingue a aposentadoria especial do professor.