O impacto da pandemia em diferentes áreas da educação

Levantamentos no Brasil e no exterior fazem um raio X das aulas remotas e mostram como estudantes, professores e famílias analisam o momento

Por Comunicação Sinpro/RS
EDUCAÇÃO | Publicado em 16/07/2020


A educação não é mais a mesma depois da pandemia do coronavírus (Covid-19). E isso fica claro a partir de uma série de pesquisas no Brasil e em outros países que já conseguiram dimensionar o impacto da paralisação das aulas presenciais.

Em comum, professores e alunos passaram a adotar tecnologias educacionais de maneira mais constante (quando a infraestrutura permite) durante esse período, manifestam problemas emocionais para lidar com o dia a dia em casa e a preocupação com o que ficará para trás em termos de aprendizagem.

Abaixo, você encontra mais detalhes de como a pandemia afetou a rotina de estudantes e professores, além de pesquisas que tiveram a participação de familiares, mantenedores de escolas e empreendedores.

O que dizem os estudantes
Com 33 mil participantes, Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, pesquisa realizada pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) em parceria com Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa Educação, Porvir, Rede Conhecimento Social, Unesco e Visão Mundial faz um sério alerta para gestores educacionais: quase 30% dos jovens pensam em deixar a escola e, entre os que planejam fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 49% já pensaram em desistir. Isso tudo porque a maioria sente grande dificuldade de estudar em casa. O que atrapalha não é só de computador e internet rápida para acessar conteúdos e acompanhar as aulas, mas o próprio equilíbrio emocional e a capacidade de organização para estudar.

Sentimento dos professores
Assim como os estudantes, professores também estão se sentindo mais ansiosos e manifestam uma sobrecarga de trabalho. O tempo até a próxima transmissão ao vivo parece correr muito mais rápido do que caminhar da sala dos professores. O Instituto Península ouviu 2.400 professores da educação básica, das redes pública e privada, para entender como estavam se sentindo desde o início da paralisação.

O quadro emocional chama a atenção. Docentes pedem apoio para lidar com questões emocionais e demonstravam ansiedade (67%), cansaço (38%) e tédio (36%). Compilados em maio, esses números podem ter aumentado, uma vez que o período de aulas remotas tem sido maior do que o inicialmente previsto. Dar aulas a partir de casa era situação inédita para a maioria (88%), tanto é que 83,4% não se sentiam preparados.

A Nova Escola também fez uma pesquisa online com 9 mil professores. De modo geral, os participantes relatam baixo índice de participação de alunos e famílias nas atividades a distância, atraso no calendário letivo, falta de apoio da rede e saúde mental dos professores comprometida. A educação infantil é a etapa com menor participação.

Com informações de Porvir.