Premiados recebem o troféu em cerimônia do Prêmio Educação RS

Professor Áttico Inácio Chassot, projeto de Hip Hop na educação e a escola indígena Karai Arandu são os vencedores

Por Comunicação Sinpro/RS
PREMIAÇÃO | Publicado em 18/10/2019


Vencedores da 22ª edição do Prêmio Educação RS
Foto: Igor Sperotto

A cerimônia de entrega do troféu Pena Libertária aos vencedores ocorreu na noite desta sexta-feira, 18, na sede estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), em Porto Alegre.

Das 70 indicações, os vencedores se destacaram pelo compromisso com a educação de qualidade, com o desenvolvimento da cidadania e com o acesso ao conhecimento, segundo a comissão julgadora.

Desde a primeira edição da premiação já foram laureados 22 profissionais, 25 projetos e 22 instituições, além de menções honrosas concedidas em ocasiões especiais.

“Educação é resistência, é luz, é reflexão, é esclarecimento, é alento. E é na escola que podemos transformar, que podemos criar espaços, que podemos ousar, que podemos ter esperança na dimensão política do termo, de forma justa e democrática”, destacou a professora Margot Andras, coordenadora da premiação, instituída pelo Sinpro/RS em 1998.

PROFISSIONAL – Áttico Inácio Chassot – Porto Alegre
Professor desde março de 1961, é Licenciado em Química (1965), mestre Educação (1976) e doutor em Ciências Humanas (1994), todos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E tem pós-doutorado na Universidade Complutense de Madrid (2002). Além de estudante da licenciatura ao doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi professor titular (atualmente aposentado) do Instituto de Química da universidade, onde também foi diretor do curso de Química. Foi professor da PUC-RS, da Ulbra, da Fapa, da Unisinos (onde coordenou o Programa de Pós-Graduação Educação), da Unilasalle, da URI de Frederico Westphalen e do IPA. ATTICO INACIO CHASSOT foi professor visitante da Ålborg Universitete, na Dinamarca, e na Universidade de Lanus, na Argentina. Foi orientador em regime de co-tutela na Lyon 2, na França. Enquanto professor já esteve para cursos e/ou palestras em todos estados do Brasil e em alguns países. CHASSOT é autor entre outros de A ciência através dos tempos (1994); Alfabetização científica: questões e desafios para a educação (2000); Educação conSciência (2003); Para que(m) é útil o ensino? (1995); A Ciência é masculina? (2003); Sete escritos sobre Educação e Ciências (2008); Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto (2012) e Das disciplinas à Indisciplina (2016). 

PROJETO – HIP HOP nas Escolas – Caxias do Sul
O movimento hip hop é a configuração de forças. MC, DJ, breaking e grafite reunidos afirmam a emergência de caminhos da arte para a o exercício da cidadania. É nesse contexto que o projeto HIP HOP NAS ESCOLAS se apresenta para o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos das redes pública e privada – ensino fundamental e médio de Caxias do Sul. Capitaneado pelo rapper CHIQUINHO DIVILAS — incansável ativista do papel cidadão da arte, o HIP HOP NAS ESCOLAS movimentou cerca de 2,5 mil alunos de sete instituições educacionais neste ano, desenvolvendo o empoderamento e a cidadania, discutindo temáticas a partir da participação nas diversas oficinas que o projeto oferece. HIP HOP NAS ESCOLAS contou com as parcerias do DJ MUZAK, para a oficina Discotecagem Profissional; do B-BOY GEOVANI E GREGORI para a oficina de Dança; do DJ Hodd para a oficina de DJ; do jornalista CARLINHOS SANTOS para a oficina de ‘Conhecimento, falando sobre proatividade’; e do músico e produtor LUCIANO BALEN, do Dua CCOMA para a oficina de Liderança. A produção geral é de Daiane Luza. Também participam do projeto os músicos Rafael, Boni e Rodrigo Morales. O conhecimento, a expressão escrita, as artes plásticas e a dança apreendidas no âmbito do Hip Hop prestam-se como competências para a ampliação da compreensão do mundo.

INSTITUIÇÃO – Escola Estadual Indígena Karai Arandu – Viamão
A Escola Estadual Indígena KARAÍ ARANDU – que significa “sábios” em português – pertence à comunidade da Terra Indígena JATA’ITY, na região do Cantagalo, em Viamão. Cercada por morros e vegetação densa, a comunidade conquistou a demarcação dos 268 hectares de terra indígena nos anos 1980. Reúne 42 famílias. Regulamentada pelo MEC há três anos, a escola KARAÍ ARANDU existe desde 2002 e conta, atualmente, com 135 alunos – educação infantil, ensinos fundamental e médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA); e 3 funcionários e 12 professores. O diretor da escola MARCO SOZO diz que os guaranis mais velhos entendem que as crianças devem estar preparadas para enfrentar a cultura externa. Os estudantes não vêm para serem educados, mas para adquirirem conhecimento. A KARAÍ ARANDU é a maior escola guarani do Rio Grande do Sul se tornou a primeira escola indígena do Estado a comprar alimentação da própria aldeia. A responsabilidade é destinada às famílias que acessaram o Bloco de Produtor Rural e agora fornecem alimentação escolar através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).