Professores enfrentam irregularidades trabalhistas no Uniasselvi

No encontro, os docentes relataram os diversos problemas enfrentados por eles na instituição.

Comunicação Sinpro/RS
Uniasselvi | Publicado em 30/01/2014


A Direção do Sinpro/RS esteve reunida nesta segunda-feira, 27 de janeiro, em Porto Alegre, com professores do Uniasselvi (Centro Universitário Leonardo da Vinci). No encontro, os docentes relataram os diversos problemas enfrentados por eles na instituição. O maior deles é a quebra da isonomia salarial, com a contratação de novos profissionais com salários reduzidos a quase metade dos atuais. Segundo os relatos, as novas turmas de alunos estão sendo destinadas aos novos contratados impondo redução de carga horária aos atuais professores. Foi esclarecido pelos dirigentes do Sindicato que esta prática fere a legislação trabalhista e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT – Sinpro/RS e Sinepe/RS)

Além disso, foram relatadas uma série de outras irregularidades, tais como o não pagamento do adicional de aprimoramento acadêmico, irregularidades no pagamento de férias. Os docentes ainda apontaram problemas como sala de aula com mais de 80 alunos, decorrência da junção de turmas, inconformidades nos contracheques, convocação para atividades não remuneradas e sobrecarga de trabalho. “É comum nos ligarem cobrando prazos muito curtos para correção de avaliações”, desabafa uma professora.

Foi apontada também a prática de mudanças na relação contratual de alguns professores após as visitas das comissões de avaliação do MEC. “Eu era coordenadora até a avaliação do MEC, após, o cargo foi extinto”, referiu uma professora do Uniasselvi. “Me sinto usada. É como se nós não valêssemos mais nada para a instituição”, declarou uma das professoras na reunião.

Para a direção do Sinpro/RS, a prática do Uniasselvi é mais um exemplo da desqualificação das condições contratuais dos professores decorrente da mercantilização do ensino. “Para essa instituição o único interesse é a maximização dos lucros em detrimento de qualquer preocupação com a qualidade do ensino”, destaca Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.

Ainda nesta segunda-feira, a Direção do Sinpro/RS encaminhou notificação formal à instituição. A não reversão da situação atual e suas perspectivas deverá ensejar um provável ajuizamento das irregularidades praticadas.